O Seriado chinês de época 武媚娘传奇 (wǔ mèi niáng chuán qí) A Imperadora da China (tradução oficial) foi censurado e ficou quatro dias sem ser exibido depois do vigésimo episódio. Depois do retorno, os telespectadores tiveram uma surpresa cômica e ao mesmo tempo trágica: a série foi reeditada de modo que os seios fartos das atrizes não aparecessem mais, o que causou uma onda de piadas na internet e também revolta por parte dos amantes da série.
Os seios estavam aparecendo demais para o gosto da elite de censores do Partido Comunista.
Na versão reeditada, os closes super fechados nos rostos das atrizes confirmaram as suspeitas de internautas do país que vinham denunciando a razão do sumiço do popular programa: os vestidos decotados e provocativos das protagonistas, que deixavam entrever as curvas e os peitos, foram alvo de censura.
Na época da interrupção da emissão de “A imperatriz da China”, uma semana depois da estreia, os produtores alegaram “problemas técnicos”. A poderosa Administração de imprensa, controlada com mão de ferro pelo Partido Comunista, negou-se a explicar os motivos da suspensão.
As regras da censura na China são opacas e nunca explicadas. A menos que um filme transmita uma imagem particularmente elogiosa do povo chinês, é raro que passe intacto pelo crivo dos censores. A tesoura se aplica a cenas de nudez e sugestão de relações sexuais, bem como a sequências violentas.
Agora imagina se isso acontecesse no Brasil? Será que a Globo falia?
Esse artigo foi uma parceria entre o blog “Uma Vida Na China” e “Chinês Já” (página do meu amigo Rafael Papageorgiou). Para conhecer mais sobre a China através do material dele, acesse esta página.
Excelente texto, Karina. Tenho acompanhado o blog com frequência e gostado cada dia mais. Abraço!
ResponderExcluirA BBC fez uma reportagem sobre essa censura.
ResponderExcluirhttp://www.bbc.com/news/world-asia-30785325